Não espere que o poema
Não espere que o poema
Tape O buraco que há Na tua cicatriz Nem que cure A ressaca Do teu mar Revolto Ou que vá olvidar O que não está Ao alcance da mão O poema é só Um rol de palavras Parvas Bruscas Brutas Talvez obtusas Quem sabe vagas Mas é no seu Deserto Que se pode avistar O universo
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 17/05/2024
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