A nave no seu redemoinho
A nave no seu redemoinho
Um salto no escuro Neve no espelho brisa suave O salário, quanto vale? O breu do asfalto a marcha das vadias Poetas engatam a marcha ré Riem atolados no abismo Eu cismo de teimar em viver Outra palavra e lá vai o poema Sem trema nem singular Um verso verborrágico de ateu Um pneu queimado na madrugada Que mulher pode ser mais sagrada Do que aquela que nos sangra a boca Um beijo tão visceral Que atravessando as moléculas Move dez mares em movimento
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 23/03/2024
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