O poema é feito de palavras
O poema é feito de palavras
Palavras são universos de sentidos Os balidos dos cães Sacodem os vidros das janelas As vitrines mostram o belo Mas escondem a exploração Contida em cada bela mercadoria As palavras se confundem O poema escorre fel No limite incerto Em que o nada se faz O poema se refaz Tão fino é teia de aranha No parapeito de um arranha céu O que dizem as letras Das músicas antigas? Na catedral dos sentidos As palavras fogem Querem mesmo é ver o sol E deixam o poema Vazio e só a pedir Me levem também
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 13/03/2024
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