Tremula um coração
Tremula um coração
No galho oco do infinito Onde não chega Nem o eco de um grito Que ecoou da garganta Do pobre e doloroso aflito Que quis dizer convicto Seu pranto de se saber finito A chuva passa depois Que as naves espaciais Deixaram cair as bombas Que roeram as civilizações No cair das pálpebras cansadas Erguem-se castelos medonhos A lírica maça dos amantes Amarelou à espera de que a mordam A tarde chegará com a certeza De que a noite recomporá a esperança Que depois de tudo amanheça Essa taça doce, a incerteza
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 06/03/2024
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