Na sombra do inigualável
Na sombra do inigualável
O limite do intransponível Entre as nuvens e o abismo Abertura do insondável Soa o trino do gavião Os olhos não alcançam Os olhos da tempestade Arfar de um cometa Desprendendo-se do planeta Que azul volteia Distante das estrelas O poema bem que tenta Voar em altas ondas Mas o poeta tão combalido Não mede suas falhas E assim aos poucos Vai se desfolhando Para no fim Não ficar nada A não ser o cheiro Doce e suculento Da poesia que passou
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 04/02/2023
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