Quando as maricotas do desejo
Quando as maricotas do desejo
Roerem a alma do infortúnio E de noite você entrar num túnel Sem farol nem GPS para ligar Não ligue que o infortúnio É um jeito de morrer ou versejar Se um dia a sorte chegar Não lhe negue seu lugar Desejo e medo se confundem E antes que o poema afunde O poeta dá um jeito de gracejar Pega as garatujas para voar No lume de uma estrela o olho No olho a febre e o encanto No canto da lida o sonho Escaravelho brilhando feito um tonto O poeta dedilhando as cordas do infinito
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 11/10/2022
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