Transformar
Transformar
Palavras em sangue Milimétricos oceanos Onde cabem universos Que carregam mangues Que ampliam vagas Palavras que transferem Para longe a calma Não há sossego Nas imagens que convergem Para longe do céu Passou correndo uma montanha Olhando direito não era isso Era um cisco no olho Que fez do silêncio Um osso de formiga Que gratinava na voz De quem gritando socorro Só recebia de volta O eco surdo da buzina De uma sirene enlouquecida
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 02/07/2022
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