Ao final do caminho de pedras
Ao final do caminho de pedras
Dissolvia-se em luz o ar Nessa terra devastada Pela falta de justiça O ouro comanda o chicote Dilacerando a face dos jasmins Carcomidos pés de barro Avançam marchando contritos Empunhando punhais e sabres As auroras trazem o mesmo Soturno ritmo da infâmia Que destrói as esperanças Enquanto abutres elegantes tocando com suas garras de fel o gelado coração das ruínas vão tirando restos e gotas da carne gasta em odisseias que se repetem incessantes sem heroísmo nem honra apenas o carregar constante Dos castelos desmontados Para erguê-los sobre penhascos
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 26/05/2022
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