Num desmedido orifício
Num desmedido orifício
O horizonte se quebrou Tomou a forma inconclusiva De avariados metros Quando chegou Um imperador do oriente Me disse para ir lá Que eu iria ser feliz Vivendo em terras diferentes Esbarrar com outra gente Mas veio a chuva E não pude viajar Procurei um sonho Que pudesse me alentar Mas no mercado de ilusões Não tinha nenhum para comprar Tive que retroceder E no horizonte dissolver Os cataclismos anunciados Revirando então os dados Me deixei ficar Sentado numa pracinha Esperando para ver Se ali chegavam notícias Que me deixassem dormir
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 20/04/2022
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