CARNE
Na margem da palavra
figos liames brotados uma águia desdentada vírgulas cibernéticas inapreensíveis acadêmicos o bonde do século novo vai descendo ruas onde cometas batem bola meus dedos se movem eletrônicos cínicos arrematando jornais velhas notícias meros jogos bússola partida árvore de cristal jirau balofo que flutua palavras de rebites e aços de navalhas relógios balançando sobre mares aves de rapina bicando anjos homem maltrapilho beijando a boca da bela dama que orvalhada se pluga velhas marquizes mijando pó meninas sem batom vendendo chokito palavras de silicone prefeitos malfeitores adolescentes nuas palavras de chumbo o dia vertiginoso matizando fantasmas no riso do cadáver uma palavra bala
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 06/02/2022
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