O silêncio da manhã
O silêncio da manhã
Anuncia as asperezas do dia Andar Sobre a brasa do asfalto Fugir correndo De um assalto Ver os corvos Com seus turvos olhos Procurando Onde enfiar seus afiados bicos Olhar as morenas E suas peles brilhantes Seus olhos incandescentes E o frescor de suas bocas Evitar o atropelamento Distrair o olhar Pelas manchetes de um banca De jornal Achar tudo normal Ver cada bando A saltar sobre furacões Tremular uma bandeira invisível Ver-se mais e mais Risível Sobrevivente do caos Pronto para retornar Para o próximo apocalipse
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 10/12/2021
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