Preso em seus desalinhos
Preso em seus desalinhos
Um homem se cobriu De ferros e espinhos Um boi berrou Ele não ouviu A chuva brincou Ele ignorou Uma flor sorriu Ele nem aí O sol lhe acenou Ele deu as costas Deixou cada espinho Entrar como prego na madeira Roer como rato Sua alma por inteiro E assim foi seguindo Sem achar encanto Enquanto isso A vida lhe sorrindo Até que um dia Na beira do precipício Pronto a se jogar Tirou o espinho do pé E antes de saltar O alívio que deu Começou a voar E viu que tudo era Apenas uma questão De tirar o espinho do lugar
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 16/09/2021
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