Tropeço
pernas para que te quero?
olho porque me embrulhas? perseguido pela dor de existir houve um homem o rádio notícias da última bomba calor drops em ritmo musical propenso a prosseguir na vida um animal pasta solene arranjando desculpas para não morrer o capitalismo ejacula sem parar os filhos das moscas não tem asas baratas vermelhas e azuis todos os prédios vomitam bradam fuzis borbulhantes pernas para que te quero? coração volte a sangrar na hora em que vi a moça senti desejo de morrer porque a poesia não me deu bola?
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 08/11/2007
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