Garimpeiro
um coração de celofane
uma rosa com celulite uma palavra com arrebite uma rima fora de hora volta e meia dá na moça uma vontade de casar depois esquece que já é hora do bonde passar há muitos murmúrios na rua sem pressa onde o poeta procura ouro na vastidão das verdes matas foi um samba que passou o eterno sentido da vida não foi revelado para a vítima desabou a tempestade esta tarde o poeta que era de açúcar não dissolveu porém ficou na esquina esperando passar a menina que nunca mais passou mas o doce perfume da espera jamais o abandonou
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 08/11/2007
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