No rastro da nuvem
A sombra do vale
No rosto do morto
Uma frase desfeita
No rosto da lua
As rugas dos sonhos

Nos olhos dos moços
As talhas de serem
Mulheres andando
Nesse mundo de machos
Frustrados pela guerra perdida

A nave veio da lua
A lua sou eu
A névoa dançando
Dança sobre mim
Eu não queria falar disso
Mas os letreiros confundem
A tarde arde como nunca
A enxurrada carrega
Cadáveres de louça
Com olhos estraçalhados

De tanto ver as naves
Cuspindo balofos soldados
Que saem matando a esmo
Enquanto a tarde arde
E as nuvens flutuam longe
Bem mais longe que Marrakesh