Elegia do sangue
Sangue ruim
Sangue bom Sangue de barata Vermelha tinta Que colore as ruas Velhas teias Onde passeiam indiferentes As dores da vida Sangue que intangível Bóia na areia Dos mares em que os peixes Aflitos se afogam Sangram por guelras feridas Ferros capitalistas Lucros loucos Beijos da morte Sangue vendido Quente vertido Colorindo bandeiras Estandartes de guerra Revoluções perdidas Calçadas urbanas Habitadas pela exclusão Sangue horizontal Misturado com o sol
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 23/05/2020
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