CÃO VADIO
Um cão sem rumo
Um cão sem dono Um cão imundo Lambendo as latrinas do mundo Um cão tão cão Tal qual o irmão Um cão anão Tão zarolho como o breu Uivando para a lua encoberta Um cão sem teto Tão desatento Correndo insone Contra os pneus de feltro Cão do mundo Rosnando pelo osso perdido Desrecolhido e sem abrigo Ruminando o último poema que sobrou
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 21/04/2020
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