Um jardim só de delírios
Ainda ontem gemia um verso
No galho da aroeira O vento veio firme E dispersou o sonho Pequenas pedras cinzentas Agulham no peito do dia Meninos de ossos à mostra Mostram os dentes caídos Acariciam o pólen dos enigmas Batendo asas que sangram Poema após poema Cisma o poeta em viver Germinando em sua alma Um jardim só de delírios
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 02/04/2020
|