A lontra azul
A lontra azul
Em corrosivos pastos Passeia à cata do sonho perdido Verdes anseios passeiam No sobressalto do gatuno noturno Onde as palavras deságuam Se abrem vales Por trás do delírio Se acha a delícia No martírio do tombo Se acha a lua pelada Já houve um tempo em que nada Era mais do que nada Agora os tempos são outros Já não se fala mais da morte Como se fosse um cavaleiro remoto Montada em motos possantes Ela passa dando risadas E no oco difuso de seu rastro Multidões vão seguindo passo a passo
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 23/10/2013
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