Cabaré
Amor é palavra
que não enfeita os banheiros da Central ocupa os dramas televisivos com a redundância das montanhas A menina de quinze anos de frente ao espelho já não sonha um príncipe vermelho tem o amor escrito como breve conselho Da boca pra fora os lampeões cospem labaredas e cigarras amorosas A manchete de um jornal: _- Noivo morto de fome Comeu a noiva no altar O amor que corrói o poema suspirou de pena virou um velho elefante de circo que sonha com a trapezista nua
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 02/02/2012
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