Tango
Tango
A mulher pensava que o amor Tinha o leve gosto de uma flor Escrito em letras vermelhas Numa tabuleta amarela Numa rima tão pobre e sem cor Até perceber que o amor É um formigueiro veloz Um calango atroz Uma ostra vazia Faca ferina Ramo de espinho Raro deleite Confete azul Picar saboroso Passeio na tarde Arder leve de sol Estrondo de tsunami Coisa sem forma e sem nome Capaz de rimar sem rimar E que como já dizia um tango Do tempo do Carlos Gardel Pecado é não amar!
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 01/04/2010
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