Palavras dizem tudo
Palavras dizem tudo
Palavras não dizem nada Quem se lembra do nome do escravo Que colocou a última pedra na escadaria da biblioteca? De esquecimentos e lacunas Se faz a memória do mundo Corremos sem parar Atravessamos sinais abertos Tentamos pegar o tempo Abrir a tampa da lâmpada Mágica Erguemos ponto a ponto Dado a dado O castelo das informações Na inauguração a banda desanda A tocar uma retreta falida Cruzamos o oceano Para buscar o diamante E enfeitar o anel do rei No fim da festa Ficamos nós Olhando o sol Demos as mãos Suadas mãos De cujos calos pingaram juras de amor
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 19/10/2009
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