Águas
Agora a chuva cai sobre o telhado
E as gotas estalam Fazendo eco com o vento O frio anuncia que irá Chegar breve Há um silêncio concreto de qualquer voz Humana Só a chuva pronuncia seu canto Os bichos e o silêncio São um Estou sob o teto onde a chuva Passeia A água apressa-se em molhar As folhas as telhas a terra Eu talvez seja um desterrado Sob o telhado Onde a chuva Escorrega A noite é absoluta e talvez Se molhe na chuva Eu não Somente ouço os pingos Se espalhando E faço reverência Ao poder das águas
Paulo Luna
Enviado por Paulo Luna em 16/01/2009
|